quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Uma grande sorte é o que é

O meu pai é um benfiquista, mas um benfiquista daqueles mesmo à séria. Vibra com os jogos, chama nomes aos árbitros, aos treinadores, é um fartote de rir ver jogos de futebol com ele; eu e a minha mão adoramos, não trocamos esses 90 minutos por quase nada.
Ora, eu por afinidade acabei por ser benfiquista, quer se dizer, eu até gosto de ver futebol mas aqueles jogos grandes, com muita polémica à volta, mas a verdade é que não percebo nadinha de futebol. O meu pai como a maioria dos benfiquistas tem um bocadinho de dificuldade em lidar com portistas pelo menos durante os 90 minutos do jogo e na manhã do dia seguinte e então eu cresci com a ideia que tinha de arranjar um namorado benfiquista, ou vá na pior das hipóteses sportinguista, agora portista é que não, a ver se não havia um, caso grave, de conflitos familiares. Na brincadeira chegava mesmo a dizer que a primeira coisa que eu perguntava a um rapaz era se ele era benfiquista, caso não fosse estava tudo estragado ( claro, que isto não é bem assim ). Mas a verdade é que o  meu namorado também é benfiquista, muito benfiquista aliás, o que para mim foi uma grande sorte e a bem dizer para o senhor meu pai também, caso contrário ia ter de levar com um portista, sportinguista, ou seja lá o que for a partilhar o sofá da sala com ele. Hoje vai haver um jogo entre o Benfica e o Porto e ontem à noite já estavam eles muito entusiasmados a combinar tudo para hoje à noite. Ele era francesinha para o jantar, ele era uma cerveja para acompanhar, ele era a sala que tinha de estar com a lareira acesa com uma certa antecedência para na hora do jogo as excelências não terem frio, enfim, uma parafernália de coisas para verem este jogo que dizem os entendidos que vai ser um grandaaa jogo. Eu e a minha mãe estamos ansiosas para mais uma sessão de riso. É giro vê-los a insultar os senhores e a ficarem muito nervosos conforme vai correndo o jogo. Eu gosto e ela também!

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