Acho que já disse aqui que o salão de cabeleireiro que frequento é uma animação. Hoje tive mais uma prova. Também já disse que gosto muito da minha cabeleireira e que nos fartamos de falar. Ora, vai daí e hoje não foi excepção. Ainda assim, hoje ela estava um bocadinho cabisbaixa. O namorado, com quem ela já vive, está desde segunda feira em Espanha a trabalhar e ela está chateada, muito chateada.
Parece que ele não lhe tem atendido os telefonemas e não lhe manda mensagem desde que lá está e, claro, ela está capaz de lhe cortar as preciosidades e fazer um belo de um refogado.
Eu, pessoa perspicaz, percebi que não era só isso, ao que consta ela ainda sente umas tremuras de cada vez que fala com o ex namorado. Toca então de aproveitar esta falha do seu mais que tudo para falar com o ex sem se sentir culpada. Percebi logo que isto vai dar molho. Tentei avisar, alertar para a crise que se avizinha se ela continuar com este jogo duplo. Não me ouve, não ouve nada. A senhora da estética, um amor de senhora (sem ironias), estava juntamente comigo a tentar alertar para o beco com saídas tumultuosas em que ela se está meter. Mas nada.
Parece que hoje ele ia ao salão para arranjar as unhas ( fez 200km para ir arranjar as unhas).
Cabeleireira: "Ah, mas ele( namorado em Espanha) falha-me muito. É muito imaturo. E nunca me deu uma flor. Ah, e tal, o outro era muito querido, enchia-me de chocolates, fazia jantares e era um doce.
Aqui percebi que o caso estava perdido que não podia fazer nada que a fizesse ver a realidade. A Senhora da estética percebeu o mesmo que eu. Entusiasmada que estava na batalha por trazê-la à realidade acaba por contar a sua experiência. Só vos digo, o queixo caíu-me ao chão.
Então não é que a senhora foi abandonada no altar porque uma doida varrida que também era apaixonada pelo senhor o drogou e amarrou para ele não aparcer ao casamento??
Só vos digo, é tudo doido. Mas o destino tarda mas não falha e uns anos mais tarde reencontram-se, estavam os dois casados, nada que os impedisse de materializar o seu amor. Há mais uns pormenores que ficam para outros carnavais.
Posto isto, digam-me como é que eu posso de deixar de ir duas vezes por semana ao cabeleireiro? Não dá, não dá mesmo!
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